segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

“Eu quero te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho, e massagear seu pescoço. Beijar seu rosto, segurar sua mão e sair pra andar. Não ligar quando você comer minha comida, te encontrar numa lanchonete para falar do dia… falar sobre o seu dia, rir da sua paranoia. E te dar fitas que você não ouve, ver filmes ótimos, ver filmes horríveis. E te contar sobre o programa de tevê que assisti na noite anterior, e não rir das suas piadas. Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco. Te dizer o quanto eu adoro os seus olhos, seus lábios, seu pescoço, seus peitos, sua bunda. Sentar na escada, fumando, até seus vizinhos chegarem em casa. Sentar na escada, fumando, até você chegar em casa. Me preocupar quando você está atrasado, e me surpreender quando você chega cedo. Te dar girassóis. Ir à sua festa e dançar. Me arrepender quando estou errada e ficar feliz quando você me perdoa. Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre. Ouvir sua voz no meu ouvido, sentir sua pele na minha pele, e ficar assustada quando você se irrita. Eu digo que você está lindo… E te abraçar quando você estiver aflito, te apoiar quando você estiver magoado, te querer quando te cheiro, te irritar quando te toco e choramingar quando estou ao seu lado. E choramingar quando não estou. Debruçar-me no seu peito, te sufocar de noite e sentir frio quando você puxa o cobertor, e sentir calor quando você não puxa. Me derreter quando você sorri, me desarmar quando você ri. Mas não entender como você pode achar que eu estou rejeitando você quando eu não estou te rejeitando, pensar como você pôde pensar que eu te rejeitaria. E me perguntar quem você é, mas te aceitar do mesmo jeito. Comprar presentes que você não quer e devolvê-los de novo. Te ouvir me pedindo em casamento, e dizer “não” de novo mas sorrir quando você continuar pedindo, porque embora você ache que não era de verdade quando eu disse que também te amava, sempre foi sério, desde a primeira vez. Ando pela cidade pensando. É vazio sem você mas eu quero o que você quiser e penso. Estou me perdendo, mas vou contar o pior de mim e tentar dar o melhor de mim porque você não merece nada menos que isso. Responder suas perguntas quando não prefiro responder, e dizer a verdade mesmo que eu não queira, e tentar ser honesta porque sei que você prefere. Achar que tudo acabou… espera só mais dez minutos antes de me tirar da sua vida. Esquecer quem eu sou e me deixar tentar chegar mais perto de você. E de alguma forma compartilhar um pouco do irresistível, imortal, poderoso, incondicional, envolvente, enriquecedor, agregador, atual, infinito amor que eu tenho por você.”
Reflections of a Skyline.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Porque você tem estrelas nos olhos e leveza na alma. E você tem um sorriso que faz uma curva gentil e abriga meus medos ali. Porque você tem braços fortes que se encaixam perfeitamente em mim, e isso me protege da maldade do mundo. E você tem uma voz que me acalma mais do que minha música preferida. Aliás, você tem a batida perfeita pra minha melodia, e o nosso amor é uma sinfonia que daria inveja a Beethoven. Porque você está ao meu lado quando eu preciso e quando eu não mereço. E porque quando você segura minha mão, eu sinto meus pés firmes no chão e percebo que ainda dá pra continuar. E quando você prende meu rosto molhado entre suas mãos e diz “vai ficar tudo bem”, eu consigo acreditar plenamente nisso. E você faz tudo ficar bem. E porque os fogos de artifício perdem o brilho perto da luz do teu jeito de ser, do teu jeito de não deixar que a crueldade que nos cerca invada seu coração e roube sua bondade. E porque o verão de Copacabana se torna frio quando comparado ao calor do teu abraço, e a saudade faz nevar dentro de mim quando a distância me impede de te ver. E porque é impossível não pensar em você a cada segundo, e acho até que seu nome é sinônimo da palavra amor. E porque nossos corpos se encaixam como o mais perfeito quebra-cabeça, nos pertencemos tão certamente quanto 2+2=4. Porque sua paciência comigo excede os limites da galáxia, e você sabe desarmar meu ciúme bobo e cego. Porque você sabe como eu sou, sabe minhas regras, meus gostos, meus defeitos, e mesmo assim decidiu ficar. E conversar contigo faz a hora passar rápido até demais, o dia vira noite e a noite vira dia novamente, mas se depender de nós, continuamos assim por horas e horas e horas. Porque você se preocupa comigo, e eu quero cuidar de você até o fim da vida. Porque você é minha âncora, meu porto seguro. E você é o pôr do sol, o ar puro das montanhas, as gotas de orvalho no amanhecer. Você é a beleza encontrada na simplicidade da vida. E é impossível não amar você. E porque eu sinto que cada átomo meu precisa de cada átomo seu. E porque meus planos e meus sonhos não existem se você não estiver neles. E porque eu pedi a Deus um amor de verdade, e Ele me deu de presente você, que mais do que meu amor, é meu anjo. E um presente de Deus, é algo que se ama até o fim da vida e além dela.
— Justificativas de um amor eterno, Julia Sadowski.
“Ontem eu estava mal, hoje não. Porque do inferno ao paraíso é questão de algumas palavras, um abraço e um estômago repleto de sentidos figurados. Ontem eu era estranho, andava troncho, cheirava mal e era semi mudo. Hoje acordei sorrindo, me equilibrando em minhas pernas tortas, cheirando à rosa e cantarolando. Receita mágica? Não tem. O que tem é uma coisa chamada vontade, quando a gente percebe que a fossa não é o melhor lugar, a gente tenta escapar dali, simples. E vou contar um segredo: é só querer que você consegue. Vai ter dias que você sentirá saudades do chão úmido e calmo, mas lembrará a cor do céu e desistirá de voltar ao nada. Ouvi dizer que estar só é torturante, mas qual o aprendizado que não requer um sacrifício? Lágrimas lavam o rosto, lavam a alma. Lágrima vira lama e água as sementes que você plantou no seu peito. O amor necessita de água para florescer, então chore. Chore sem ter medo de sua alma virar um lindo jardim, porque semeado todos nós somos, só precisamos cultivar. As borboletas são consequências e vêm com o decorrer do tempo.”
Jadson Lemos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Eu sou feliz, cara. Eu sou feliz demais. Mas eu sou infeliz demais, quando penso em você. Quando penso no que poderia ser, no que poderia ter sido. Eu sei que não dá. Eu nem quero que dê. Não quero mais. Mas não sei o que fazer com esse nó. Vai passar né? Eu sei. Com o tempo eu não vou mais olhar sua foto, nem sofrer, nem pensar o quanto é infeliz tudo o que aconteceu. Tomara que passe logo.
— Tati Bernardi

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

E eu te olho com os olhos de quem tem medo de estar apaixonada e você responde sorrindo como quem leu o meu medo passando pela minha cabeça. Você me abraça como quem soubesse que eu me sinto em casa quando faz isso e beija minha testa quase como quem entendesse o significado disso pra mim. Me da espaço quando eu pareço confusa, mas se aproxima quando te olho com olhos perdidos e diz não haver coisa mais linda que eu sorrindo de cabelo molhado. Por saber que não me alimento direito me liga nas horas de refeição e se mantem que nem um poste me olhando quando chego em casa e não como nada. Me da broncas super protetoras e respira aliviado quando me vê depois de uma maluquice minha. Arruma minha bolsa pra que eu ache as chaves quando procuro e dá aquela alta gargalhada quando percebe que eu me atrasei de novo no banho. Deita do meu lado no fim do dia, ou no meio dele... E faz com que eu me sinta a mulher mais gostosa do mundo quando me olha como quem não quisesse estar em mais nenhum lugar. Me dá o suporte que eu preciso e entende o quanto a minha instabilidade emocional se cura com a sua estabilidade sentimental. Você me deixa sã, quando o mundo me enlouquece. E me faz entender que o passado é só aquilo, mais nada. Por isso me faz sentir um amor imenso desde que eu acordo olhando pra você dormir, até quando volto pra cama e te encontro sem dúvidas de onde quer estar. Depois de pouco mais de um ano e das minhas idas e vindas... Não sei o que eu faria se não tivesse pra onde voltar. Eu posso ser confusa e não lidar bem com um antigo amor, mas sei de uma coisa... Quando eu te olho, eu não encontro outro lugar no mundo pra onde eu queira ir, que não seja do teu lado, aninhada nos teus braços imensos que me acolhem todos os dias.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Eu não quero mais te amar dessa forma que me deixa encolhida na cama como se o coração estivesse sendo esmagado no peito. Não quero mais acordar no meio da madrugada te procurando na cama e cair aos prantos quando percebo que já faz muito tempo que não é na "nossa" cama que você dorme, mas na de "vocês". Não quero mais entrar no seu facebook pra ver como você está e me contentar com a mudança da foto de perfil com o cachorro de vocês e o seu sorriso largo me levando a pensar "como ele tá feliz". Não quero mais escrever emails na madrugada depois da balada, com litros de whisky na mente dizendo que te amo e que sinto sua falta ou mandar mensagens porque a saudade parece insuportável demais sozinha. Não quero mais ser a pessoa que inevitavelmente lembra de você todos os dias e se pergunta como é a sua vida agora, que se preocupa com os teus passos e se questiona sobre seu casamento feliz. Não quero mais ser a mulher que não consegue amar ninguém de maneira completa por sonhar com você até quando não quer isso e espantar namorados porque falo demais em você, sem perceber. Não quero mais as nossas lembranças, o seu sorriso, a sua voz e nem o seu "eu te amo" na minha cabeça vindo como tsunamis de pensamentos no meio do meu dia. Não quero mais fugir das pessoas que me amam por saber que eu não as amo dessa forma. Não quero. Não quero mais! Não aguento mais sentir meu coração acelerar quando você responde futilmente um email, ou quando vejo alguém parecido, ou uma viatura por perto. Não quero mais ter que ficar torcendo inconscientemente pra não encontrar você com ela em uma esquina qualquer por saber que isso me destruiria. Não quero isso pra mim. Nunca quis. Quando te conheci tudo o que eu queria era superar uma tempestade pessoal e continuar sendo eu mesma. Continuar não me apegando, porque era melhor daquela forma. Eu sabia que ia sair daquela situação que eu estava quando te conheci, de um jeito ou outro. Porque eu sempre fui assim. Superei e segui em frente. Nunca quis mudar meus planos, te amar da maneira mais sufocante e doentia que eu podia amar alguém. Nem perdoar pessoas que te levaram a me deixar e nem nada daquilo. E depois de você eu simplesmente não me acho mais e não aguento mais isso. Eu não sei mais quem eu sou. Porque não consigo mais ser aquela despreocupada e guerreira que simplesmente saia de qualquer situação melhor do que tinha entrado. Hoje eu sou patética. Amo uma pessoa que nem se quer sabe que eu existo mais, amo, me preocupo, torço e ainda sou capaz de dizer pra mim mesma que tá tudo bem, porque você tá feliz. Mas e eu? E o defeito todo que você causou na armadura de ferro? Será que nem por um segundo eu não merecia esquecer, sem mentir que esqueci, esquecer de fato tudo o que diz respeito á você e seguir em frente? Eu não quero mais isso. Nunca quis. E mesmo assim.. Se você um dia quiser saber, eu ainda não consegui.

E a insônia voltou... e você também.

Creio que se eu tivesse saído pela porta após a traição e não tivesse me deixado levar pela falsa ideia de te ter novamente comigo, hoje não estaríamos tão longe um do outro. Eu devia ter feito igual toda mulher traída. Devia ter arrumado tudo e ido embora pra nunca mais voltar, falar mal de você nos bares e dizer que você foi um erro do qual eu apenas me arrependo. Mas não seria eu, se não tivesse tentado voltar. O que hoje me deixa envergonhada porque você errou e eu que voltei. Voltei e pedi desculpas depois por tentar ficar. Entende o quão absurdo isso parece? É quase como se eu tivesse errado e você tivesse se machucado. Eu mesma me trai quando voltei. E de nada adiantou... Voltei e ouvi "eu não vou me arrepender nunca de ter te deixado"... O tempo passou e como passou. Você já até casou, mas eu congelei naquele dia. Congelei nas brigas, no olho inchado de tanto chorar, na gritaria. Congelei quando me vi com o homem que eu amava não sendo mais ele, nem meu. E em mais uma noite de insônia, eu ainda pareço congelada naquele seu "eu não quero mais você" dito tão sem culpa, sem sentimento, como se eu realmente não fosse nada e eu quase me sinto assim de novo. Quase me sinto como aquela pessoa sem luz própria que mesmo depois de ser traída em um dos piores momentos, voltou diversas vezes pra você. Voltou e encontrou desculpas pra voltar. E não parava de voltar, mesmo com o mundo gritando "pare de se machucar" eu voltava. Porque dizia pra mim mesma que ia ser só mais uma vez, só mais um sorriso, só mais um beijo... E isso nunca acabou. Acabou sim quando você assumiu a sua mulher, ou melhor, quando ela se assumiu como sua pra mim. E eu quase estava voltando pela milésima vez a acreditar, que você e eu, podíamos descongelar. Podíamos deixar escorrer os gritos, os erros e nos olharmos mais uma vez como naEquela madrugada que nos conhecemos. E o maior problema de tudo isso é que apesar de tudo, enquanto você me esquece, eu só arrumo novas desculpas pra fingir que também te esqueci.
Quando me levantei hoje cedo, disse a mim mesma que não iria chorar de novo. Disse a mim mesma que iria me manter forte e feliz, para que você se lembrasse de mim desse jeito. Mas quando ouvi você ligando o chuveiro, pensei que não o encontraria quando acordasse amanhã de manhã, que você não estaria mais ao meu lado e então não consegui evitar. Mas vou ficar bem. Vou mesmo. Eu sou forte.
— Noites de Tormenta 

domingo, 11 de janeiro de 2015

E então de um dia pro outro passei a olhar pra ele de maneira diferente. Ele não é mais aquele que me protege somente, mas é também alguém que faz meu coração disparar quando chega perto demais. É quem me faz corar com coisas bestas, quem sorri com o jeito mais sexy do mundo e quem me faz repensar nas teorias de não poder mais amar assim. Quando olho pra ele entendo o quanto eu ainda posso me encher de bons sentimentos e esperanças de um futuro bom a dois. E quando ele me olha, quase como quem entende o que passa na minha confusa cabeça, eu me sinto bonita novamente, volto a sorrir, volto a ter a mesma luz de sempre, porque sendo isso aos olhos dele, me acho mais uma vez nos meus olhos brilhando. Pensar nele, me faz pensar em clichês e em eternidade.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Maldita saudade.

Nessa madrugada acordei uma centena de vezes, tive uma daqueles noites de sono que te fazem levantar cansado. Sonhei com você. E quando finalmente abri os olhos, notei que havia em mim uma tristeza tão grande quanto o mar. Talvez por ter sonhado contigo, meus sentidos tenham sido afetados pela saudade. Uma saudade que não há quem cesse. O dia continua passando e as horas no relógio se atropelam, mas hoje não consegui sorrir. Meus olhos estão pesados e baixos. Minha boca insiste em se manter quieta e a voz que sai com tanta facilidade no restante dos dias, hoje simplesmente se nega a emitir qualquer som que seja. Respondo as perguntas que me fazem de maneira rápida e tento fortemente me manter longe de todos. Arrumo as malas com o peso no coração de quem precisa gritar e gritar e gritar, mesmo que ninguém escute. Tenho um voo marcado pro final da tarde, mas ainda não sei como enfrentar as pessoas e as perguntas. Hoje mesmo com o sol forte lá fora, parece estar chovendo pra mim. Eu estou morrendo. Morrendo de saudade, de vontade de te abraçar e sentar na sua frente pra te ouvir falar, reclamar, gargalhar... Pra te ver sorrir. Minha vida sem você, não é uma vida comum. Eu consigo sorrir na maior parte do tempo e admito que as vezes até esqueço a dor de já não te ter. Mas tem dias como hoje, que me fazem trincar a alma, pensando no quanto você está longe, no quanto já ama outra que não sou eu... E me pergunto quando eu poderei amar alguém, que não seja você. Mesmo que isso pareça impossível desde que você se foi.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Menino dos olhos de jabuticaba 4

São quatro e meia da manhã e eu sem saber pra onde ir vim parar aqui de novo na porta do teu prédio. Já faz mais de meia hora que parei na frente da porta de vidro e fiquei me perguntando se devo subir. Nem quero imaginar se tiver outra dormindo no meu lugar. Depois daquela briga, mal nos olhamos a dias. O porteiro deve se divertir comigo aqui nesse vai não vai. E quase como quem adivinhou a minha indecisão ele aperta o botão liberando minha passagem. Pergunto por você e ele sorri. Diz que te viu chegar cedo, ir na academia e subir a umas horas... O elevador então acaba sendo meu caminho e juro que meu coração deve ter ficado no térreo. Mesmo em frente a sua porta e com a chave de "casa" é tão difícil entrar que prefiro a campainha, ou melhor, as batidinhas de leve. Depois da terceira batida você abriu a porta. Sem camisa, com cara de sono e aquele sorriso largo que me recebe sempre que eu volto. Me olhou como quem entendesse tudo sem precisar perguntar. Abriu os braços enormes e disse "vem cá". Te abraçar nunca foi tão recompensante. Fechei o olho só pra me aninhar com mais intensidade no seu pescoço, que mesmo na madrugada sempre foi tão cheiroso. O abraço forte de saudade disse mais do que qualquer palavra e teus olhos de "finalmente" me fizeram sentir que o mundo havia de alinhado de novo. Quando resolvo sair da porta você sorri e pergunta da chave, eu respondo agarrando os dedos que não sabia se ainda era bem vinda. Você balança a cabeça, quase como me chamando de boba em alto som e diz com todas as letras "a chave continua sendo da sua casa também, nada mudou", fazendo meu coração pular que nem pipoca estourando dentro do peito. Senta no sofá preto que eu te fiz comprar e com cara de deboche olha de novo pra mim. Eu parada do lado da geladeira, só consigo pensar que tem um Deus Grego me olhando e já não encontro mais motivos pra querer ir embora. Quase como quem entende o que eu penso, abre de novo os imensos braços e repete o "vem cá" que me deixa tão feliz. E eu vou. Sem questionar. Largo a bolsa no chão, mesmo sabendo que você odeia bagunça, tiro o salto... E te abraço forte. Sem dizer nada, digo tudo quando solto sem querer "como senti sua falta". 
Sentir o calor do seu corpo, passar a mão na cabeça raspada e segurar seu pescoço, nesse momento são coisas que me fazem pensar que o mundo realmente ficou mais habitável contigo do meu lado. E pela primeira vez em muito tempo sei de um jeito estranho que pertenço mais aqui nessa casa do lado da única boca carnuda, com dentes perfeitos que eu podia encontrar, do que em qualquer lugar do mundo. E honestamente... Não preciso de mais nada. 

Dia seguinte.

Quando eu abri o olho em uma casa estranha daquela que eu estava habituada, demorei em torno de meia hora pra saber o que estava acontecendo. O tempo pode ter passado, mas ainda me recordo da dor maçante que senti quando percebi que o pesadelo era a minha atual realidade. Você não estava ali e nem estaria dali a algum tempo. A gente finalmente havia se separado. E pela primeira vez eu me senti morta por dentro. Lembro com nitidez de me perguntar o que seria da minha vida longe de você. Por mais que quem tenha errado no final tenha sido você, me esmagava pensar em uma vida na qual você não fosse o final dos meus dias. Depois dessa lembrança vem um imenso tempo vago, no qual somente aparecem flashes de uma tristeza profunda. E os meses passaram, quando dei por mim já faziam quase seis meses que você não estava ali. Por mais que eu tentasse me reerguer, doeu demais, naquele período eu não era nada além de um corpo jogado na cama, dormindo pra não chorar e chorando pra não dormir de novo. Implorava aos céus uma resposta, uma ajuda... Somente depois de um ano entendi o dia seguinte. Hoje o relógio atesta mais tempo passado... E mesmo que ilusoriamente eu tenha saído do buraco, existem dias que me sinto naquele dia seguinte e dói igual quando estendo a mão na cama e não acho o único colo pro qual eu queria voltar.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Eu sinto sua falta
Toda vez que eu vejo nosso programa favorito, quando escuto uma risada engraçada, quando leio as antigas conversas, quando eu preciso de alguém pra conversar e sei que só você diria as coisas certas e só você saberia me escutar.
Eu sinto sua falta
Desde a hora que eu acordo até a hora que vou dormir, porque você estava comigo durante esse tempo. Toda vez que me pego lembrando dos momentos engraçados que passamos.
Eu sinto sua falta
Todas as vezes que eu leio seu livro favorito, escuto a nossa música, vejo alguém com o cabelo parecido com o seu e me arrepio quando alguém usa o seu perfume.
A pior parte de sentir sua falta
É quando eu me olho no espelho e vejo que tudo o que eu sou hoje é por sua causa, que tudo o que passamos me ensinou a ser melhor, e o que eu mais sinto falta em você é de como eu me sentia quando você estava comigo, é isso que me faz saber que..
Eu sinto a sua falta.
— MAGALHÃES, T.M.