terça-feira, 28 de abril de 2015

Você chegou como quem não quer nada, e foi tudo na minha vida, tudo que eu mais amei, tudo que eu mais quis, foi tudo que eu nunca tive, e é tudo que eu nunca mais vou ter. Você teve tudo de mim, meus melhores sorrisos, meus melhores versos, meu coração por completo, você teve o melhor de mim. Mas você desistiu de nós sem me dar qualquer explicação, você abriu a porta e me mandou embora, você não quis ver que eu ainda era nós, me disse um adeus com toda a frieza que existia dentro de você. Aquele adeus foi o nosso fim. Mas eu queria voltar correndo para os seus braços e me sentir segura novamente, eu queria que você continuasse sendo meu porto seguro, eu queria que você me pedisse para ficar, eu queria nós de conchinha no frio da madrugada… E assim como os outros, você desistiu.
— Nossa confusão é parecida.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O dia foi cansativo e me fez chegar no limite da exaustão sentimental, física e psíquica. A faculdade exigiu demais de mim, o trabalho me sufocou e os sentimentos parecendo formigas internas não aquietavam durante toda a tarde. Ao chegar em casa sentei na cama e as lágrimas me engoliram por horas, nem eu mesma sabia o porquê do meu corpo parecer doer uma eternidade a mais. Suspirei e me arrastei até a sacada. A noite sempre me acalmou e me calou. Depois de algum tempo as lágrimas cessaram, a calma pairou e mais uma vez o céu encoberto realinhou meu mundo desorganizado.
Preparei um chá de camomila, não pretendendo tomá-lo, mas o cheiro que ficava na casa, me trazia um ar de aconchego. Fui até o chuveiro e ali passei boa parte da noite, sentada no box deixando a água quente levar com ela toda a exaustão de um dia sem explicação. O tempo foi passando e eu ainda sem entender nada resolvi que era hora de rever suas fotos. Bobagem eu sei. Nós dois sabemos. Mas, algo me fez necessitar do seu sorriso, pelo menos nessa madrugada. E eu sorri. Sorri porque o seu sorriso ainda está na minha lista pessoal das nove maravilhas do mundo e também porque lembrei o quanto maldição você era bonito. Logo em seguida te guardei na caixa novamente, deixando até mesmo o sentimento que irrompeu porta a dentro hoje lá empacotado com o passado. Deixei porque já não havia espaço nas prateleiras para o seu sorriso e nem no meu coração para você. As guardei no armário e percebi que por mais que não hajam espaços para você na vida, nem na prateleira e muito menos no coração... Ao me cansar do mundo, só você pode me reenergizar. Não te quero de volta, nem se quer pretendo ouvir sua voz, mas agradeço os pedaços seus que ficaram no armário dentro da caixa preta. Agradeço em dias que chego a exaustão por ter tido na vida um amor tão forte, que mesmo não existindo mais, continua me salvando da vida, de mim e do cansaço que me abate de vez em quando.
Tarde demais pra isso, você não acha? O mundo inteiro girou e já deu o que tinha que dar. Mesmo a gente querendo, não vai voltar do jeito que era ou como eramos. A vida segue, e acho que chegou nossa vez de seguir adiante e encontrar alguém que preencha esse vazio que cada um deixou no outro. Alguém que nos faça sentir de novo, viver de novo e principalmente meu caro, amar de novo. Essas suas idas e vindas foram demais pra mim, nem eu e muito menos você, merecemos isso.
— Quoteografa.

domingo, 26 de abril de 2015

Hoje volto a escrever sobre você, não por saudade ou dor. Simplesmente porque não escrever sobre você me faz falta em dias confusos como esse. Sabe, andei sentindo coisas estranhas nas últimas semanas e estive perto de te esquecer por completo sem peso algum no peito, nem lágrimas excessivas nos olhos. Olhei outros homens e o mais incrível...eles me olharam também. Sorri com a boca vermelha no meio de um bar qualquer com as unhas combinando e o modelito todo preto, como era antes de você. Sorri, gargalhei a noite toda e me permiti ir dormir acompanhada com o pensamento bom de "é só sexo". Esse mesmo que eu tinha em mim com todos antes de você. Acordei no dia seguinte e já não me importavam os emails mandados, as ligações perdidas, as mensagens ignoradas e falta de carinho da sua parte que antes, tanto me feriam. Não importava o passado. Não me importava você. Naquela manhã eu sai da cama me sentindo leve, malhei horas sem cansar, sai correr e voltei sorrindo pro mundo. E adivinha? O mundo estava sorrindo pra mim também. Sem meios termos que eu tanto odeio. O mundo e eu estávamos em sintonia a 450km/h. E quanto mais eu sorria pro mundo, mais sorrisos ele me devolvia.
Naquela madrugada eu conheci alguém. Alguém que deu uma estremecida no mundo risonho e trouxe depois de uns dias a seriedade do tempo que havia passado. Pela primeira vez em meses falei sobre você exatamente como o que você é: passado. Já não buscando trazê-lo ao presente. Você passou. Eu passei. Nós acabamos. Acabamos principalmente dentro de mim. E pela primeira vez isso nem se quer doeu.
Eu me permiti sorrir ao dizer que eu não era a mulher da sua vida e gargalhei quando ouvi elogios clichês. Até porque nós dois sabemos que eu não lido bem com momentos clichês e não sou o "tipo pra casar".
E quer saber... As coisas por aqui andam confusas, mas andam bem. Não tenho milhões de motivos pra estar bem, mas tenho muitos pra sorrir todo dia de alguma coisa ou por alguma coisa. No fim das contas mesmo escrevendo pela saudade de escrever percebo que no resumo de tudo, quando você desistiu de mim, eu descobri o quanto ser eu mesma me fazia falta... E por isso, obrigada.